(Foto: Pixabay)
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Uma nova vacina contra a covid-19
está sendo desenvolvida por um time de cientistas em Israel, que afirmam ser
capazes de produzir um componente ativo para a droga "nos próximos
dias". Em entrevista ao jornal The Jerusalém Post, o chefe da equipe, Chen
Katz, afirmou que pretende iniciar os testes em humanos em 1º de junho.
"Nós já estamos nos estágios
finais e em poucos dias teremos as proteínas - os componentes ativos da
vacina", afirmou à publicação o líder do grupo de biotecnologia do
Instituto de Pesquisas da Galileia (MIGAL, na sigla original).
O avanço veio depois de a equipe
estar há quatro anos desenvolvendo uma vacina para o vírus da Bronquite
Infecciosa das Galinhas (BIG), comum nessa espécie de aves e também encontrada
em faisões. A droga que está sendo desenvolvida para o novo coronavírus seria
uma adaptação dessa primeira pesquisa.
"Nosso conceito básico foi
desenvolver uma tecnologia geral e não uma vacina específica para esse ou
aquele tipo de vírus", afirmou Katz, que também explicou os ajustes
genéticos que permitiram a adaptação da substância para uso em humanos: "A
estrutura científica da vacina é baseada em um novo vetor de expressão
proteica, que forma e secreta uma proteína solúvel quimérica, a qual entrega o
antígeno viral nos tecidos da mucosa por endocitose auto-ativada, fazendo com
que o corpo forme anticorpos contra o vírus".
A pesquisa foi financiada pelo
Ministério de Ciência e Tecnologia de Israel. Em 27 de fevereiro, o ministro
Ofir Akunes já havia adiantado todas as aprovações necessárias para que o
processo de finalização e comercialização da vacina seja facilitado. Ainda de
acordo com Katz, a substância oral da droga já provou induzir altos níveis de
anticorpos específicos contra a BIG.
A pesquisa multidisciplinar também
concluiu que o vírus encontrado nas galinhas carrega grande semelhança genética
com a forma da covid-19 que afeta humanos, compartilhando do mesmo mecanismo de
infecção. "Nosso objetivo é produzir a vacina entre as próximas oito ou
dez semanas, para alcançarmos a aprovação de segurança em 90 dias. Essa vacina
será oral, tornando-a particularmente acessível ao público geral", afirmou
David Zigdon, presidente do MIGAL.
Fonte: O Popular
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