quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PNAD 2016 APONTA REDUÇÃO 31,33% DO TRABALHO INFANTIL, PORÉM A REDUÇÃO EFETIVA FOI MENOR QUE 4,5%

O IBGE divulgou hoje os dados sobre trabalho infantil da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), realizada em 2016, os quais apontam aparente redução do número de crianças e adolescentes em situação de trabalho, na faixa etária de 5 a 17 anos,  de 2,671 milhões para 1,835 milhões.

Redução aparente
De acordo com a pesquisa a redução teria sido de 31,33%, porém a redução efetiva foi de apenas 4,5%. A diferença está no fato de o IBGE ter excluído do cálculo 716 mil crianças e adolescentes que trabalhavam na produção para o próprio consumo. Em resumo, tomando o número considerado pelo IBGE (1.835.000), com os que trabalhavam par ao próprio consumo (716.000), chega-se ao total de  2.551.000. Deduzindo-se esse valor do total apontado na PNAD 2015, chega-se a diferença de apenas 120 mil entre os resultado das pesquisas de 2015 e 2016, o que corresponde a 4,5%.

Se consideramos as crianças  que trabalham como babás e cuidadoras,   que também foram excluídas do cálculo do IBGE, o percentual de redução será ainda menor. 

Portanto, não é possível traçar um paralelo entre as duas pesquisas, porque houve mudança na metodologia adotada em 2016, compara as pesquisas anteriores, com exclusão do trabalho realizado para o próprio consumo e o trabalho das pessoas que cuidam de pessoas. Essas atividades foram agrupadas com categoria "Outras formas de trabalho", juntamente com os afazeres domésticos. 

Escolarização.
De acordo com a PNAD, em 2016 a taxa de escolarização das crianças e adolescentes de 5 a 13 anos em situação de trabalho era de 98,5%, porém entre os adolescentes de 14 a 17 anos em situação de trabalho o percentual foi de apenas 79,5%.

Remuneração,
Apenas 26% das crianças e adolescentes de 5 a 13 anos que trabalham recebem remuneração; entre os adolescentes de 14 a 17 anos o percentual apurado foi de 78,6%. 

Trabalho urbano
Entre os adolescentes que trabalham na faixa etária de 14 e 17 anos, 78,6% exercem atividades não agrícolas. Já entre as crianças e adolescentes de 5 a 13 anos esse percentual é de 52,4%.

Empregados sem registro
No tocante a posição que ocupam na relação de trabalho, a pesquisa concluiu que 73% das crianças e adolescentes de 5 a 13 anos que trabalham exercem atividades de auxilio a família. Já entre os adolescentes de 14 a 17 anos, predomina o trabalho na condição de empregados (66%). 

Ocorre que apenas 10,5% dos adolescentes de 14 e 15 anos que trabalham na condição de empregado tem carteira assinada. Isso significa que 89,5% estão trabalhando em desacordo com a Constituição Federal, que somente permite trabalho nessa faixa etária na condição de aprendiz,  o que pressupõe CTPS assinada. Por outro lado, entre os adolescentes de 16 e 17 anos a situação também é crítica nesse quesito, haja vista que apenas 29,2% tem carteira assinada.

Dupla jornada.
Outro dado preocupante, constatado pela pesquisa, diz respeito as chamadas outras formas de trabalho (trabalho para o próprio consumo, afazeres domésticos e cuidar de pessoas). Isto porque a PNAD concluiu que 72,3% das crianças e adolescentes que trabalhavam nas atividades por ela incluídas como trabalho infantil, em 2016, também exerciam as chamadas "outras formas de trabalho", percentual bem maior do que verificado entre as crianças e adolescentes que não trabalhavam (49,5%). Isso significa que a maioria das crianças e adolescentes que trabalham tem dupla jornada (no trabalho principal e nas chamadas outras forma de trabalho de trabalho).



quinta-feira, 16 de novembro de 2017

PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE TEIXEIRA DE FREITAS-BA


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE MOGI GUAÇU-SP


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE JURUTI-PA


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE SOBRADINHO-RS


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE JOAÇABA-SC


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE PONTAL DO PARANÁ-PR


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE PATROCÍNIO-MG


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE CAARAPÓ-MS


PRÊMIO MPT NA ESCOLA - DESENHO DO MUNICÍPIO DE BEBERIBE-CE


PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE ALMIRANTE TAMANDARÉ-PR

Crianças e adolescentes trabalhando é uma vergonha

Há muito tempo
Existe Trabalho Infantil
As crianças e adolescentes
Trabalham no mundo inteiro
E até no Brasil.

No corte da cana
Precisa o facão
Ganha-se pouco
E arrisca cortar a mão.

No caminhão parado
Com pedras pesadas
Crianças trabalham
E terminam o dia, cansadas.

Levantam cedo
Sobem no caminhão
Colhem quilos de laranja
Para ganhar menos que cinquentão.

Respiram fumaça, nas carvoarias
Queimam e quebram castanhas para vender
Passam veneno, cuidam de animais
É assim que compram o que comer.

Vendem balinhas, finalizam sapatos,
Confeccionam joias lavam carros na cidade.
Enrolam estalinhos, limpam casas
Na tentativa de não passar necessidade.

Chega de tanta exploração
Siga a Lei, respeite o juiz
Criança tem que brincar, estudar
Viver e ser feliz.

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE NOVA SANTA RITA-RS

Minha criança

Minha criança
Trabalho é algo digno,
não é algo a ser explorado.
A criança precisa crescer,
Sem se preocupar com o que irá acontecer.

Trabalho infantil é crime velado,
como alguém tão frágil,
pode ter seus direitos violados?

A criança precisa crescer,
e como seria sem o seu bem viver?
À exploração, devemos dizer não,
Onde está, ser humano, a sua compaixão?

Transforme o rancor em amor.
Mostre ao mundo seu real valor
respeito, ao ser que pede por cuidado.
Como pode alguém explorar o ser amado?

Escrevo os versos mais tristes,
se o seu olhar não responde.
Como pode criança, não poder olhar o horizonte,
se o futuro a ti reservado lhe foi arrancado?

Estudar o BE, A,BÁ
Correr, brincar ...
Essa é a real função da criança.

Como um adulto pode lhe tirar a esperança?

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE JUAZEIRO-BA

Sonho de uma Criança


Na roça, no mercado ou no sinal,
Encontramos crianças a trabalhar
Sem direito a roupas, brinquedos e atenção
Para o sustento da família ajudar.

Sou de família pobre
Casa simples e vários irmãos
Mas com todo amor do mundo
Meus pais sempre nos da a mão.

Sou criança e quero brincar,
Sou criança e quero estudar,
Um sonho quero realizar
Uma grande médica me tornar.

Por isso peço a vocês
Para que isso possa acabar
Tirar uma criança do meio da rua
E os seus direitos conquistar.

Diga não ao trabalho infantil
Vamos juntos nessa união
Conquistar um futuro melhor
Com respeito, amor e educação.


PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE JOAÇABA-SC

Criança é criança


Onde é lugar de criança?
Na escola com certeza!
Junto com a família,
Curtindo um cinema, que beleza!
Talvez num parque de diversão
Ou no zoológico, quem sabe brincando com peão,
Bola de gude, pega-pega, amarelinha, peteca,
Tomando sorvete, numa colônia de férias, num museu,
Ou fazendo bolas de sabão.
Qualquer lugar é lugar de criança
Menos no trabalho!
Trabalho infantil é proibido para menores de 18 anos
Com exceção do aprendiz
Isto é o ECA quem diz.
O aprendiz a noite não pode trabalhar
Se das 22:00 passar, nem pensar...
Com atividades que sua vida possa ameaçar, também não
O que você levaria em sua bagagem?
Talvez um lápis, um caderno, diploma...
Carinho, amor, paciência,
Uma criança precisa.
Você pode levar tudo que quiser
Menos trabalho!
Um sonho para realizar.
Ser criança é ser feliz, ser você mesma.
É aproveitar, estudar, brincar, sonhar, imaginar...
Todos ainda somos criança

Trabalho infantil é preciso erradicar.

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE CAMPINAS-SP

Trabalho infantil? Nunca!!

Criança não tem que trabalhar
criança tem que estudar, aprender e brincar
para quando crescer  e for adulto poder trabalhar
e talvez se aposentar.

Criança não pode fazer o que não é capaz
criança tem que estudar para crescer em paz
a família tem que cuidar e não escravizar
porque criança tem que estudar, aprender e brincar

Criança que trabalha fica sem lazer
e quando vira adulto não sabe ler e escrever
e isso vai afetar
porque um emprego não vai encontrar

Criança que trabalha não tem cultura
e para viver não depende só de altura.
E não pode fazer uma leitura
porque sua vida foi uma tortura

Criança a gente educa e não abusa
porque criança que trabalha, no frio não tem blusa
criança não tem que trabalhar
criança tem que estudar, aprender e brincar.

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE ALCINÓPOLIS-MS

Maria, a menina que sofria

Ela é Maria, filha da minha tia
A coitada trabalha e nunca para Brincadeira em sua vida é coisa rara
Estava em sua cara o tanto que ela sofria.

Ela trabalhava em um salão de beleza
Exposta a produtos de contaminação
Uma verdadeira judiação
E no final do dia ela só tinha tristeza.

Além da exploração no salão
Quando chegava em casa, não tinha sossego não
Sua mãe lhe colocava para ajudar com os irmãos
Dizendo que ela não fazia nada mais que sua obrigação.

Maria menina sofrida, só tinha uma felicidade
Que era estudar com crianças de sua idade
Mas com todas aquelas responsabilidades
Tinha muita dificuldade e não conseguia fazer suas atividades.

A professora percebeu aquilo e achou muito estranho
Pois sabia que estudar era de Maria o maior sonho
Procurou primeiro a ela, que nada quis lhe contar
Então procurou ajuda e com a coordenação pode contar.

Fizeram uma reunião, onde sua mãe devesse estar
Deixaram Maria de fora, para a vergonha e o medo evitar
Com jeitinho convenceram a mãe de Maria que aquilo não podia continuar
Pois com a idade de Maria ela só podia ajudar, brincar e estudar.

 Para ter certeza que a mudança viria
A escola pediu ajuda 
E Promoção Social disse que daria

E garantiram que colocariam o fim no sofrimento de Maria. 

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE ESMERALDAS-MG

Diga não ao trabalho infantil



O que o Brasil está vivendo
É governo sem compaixão,
Querem tirar a saúde
E também a educação.

O que eu estou falando
É de tremenda importância,
Pois tirando a educação,
Prevalece a ignorância.

Uma coisa que me intriga
É ver criança trabalhando,
Perdendo a sua infância,
Ao invés de estar estudando.

Precisamos acabar
Com o trabalho infantil,
Pois essas crianças são
O futuro do Brasil.

Precisam brincar, divertir,
Viver bem a sua infância,
Pois é uma fase maravilhosa:
A vida de criança.

Estudar sem trabalhar
É um direito da criança,
A aprendizagem nunca sairá
De suas boas lembranças.

Não iremos desistir,
Pois nós temos esperança,
Vamos unir nossas forças
E resgatar a INFÂNCIA.

Diga NÃO à exploração
E ao trabalho infantil
Faça essa voz ser ouvida

Por todo, todo esse Brasil.

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE JURUTI-PA

Preciso estudar

Sou apenas uma criança
Que precisa estudar
E a escola é futuro
Isso eu posso acreditar
 
Pai, trabalhar é bem legal
Mas eu posso te afirmar
Agora o importante
É estudar e me formar
 
Sei que a vida não é fácil
Está difícil de viver
Mas, eu tenho que lutar
Pra poder sobreviver
 
Não me tire da escola
Deixe sempre caprichar
Meu futuro é o estudo
Pra mais tarde lhe ajudar
 
Tem criança sem escola
Que precisa trabalhar
Isso tem que ser punido
Precisamos investigar
 
Vou te deixar o meu recado
Preste muita atenção
A criança estudando
É o futuro da nação

PREMIO MPT NA ESCOLA - POESIA DO MUNICÍPIO DE RERIUTABA-CE

Infância perdida



Vejo anjos sem asas
Nas ruas a trabalhar
Sua liberdade roubada
Sem direito de brincar.

Que triste realidade
Quanta falta de esperança
A vida grita com força:
-Venham! Deixem de ser criança.

Não teve como escolher
Cedendo ao forte chamado
Tornou-se marionete
Em um palco improvisado.

Os sonhos foram morrendo
Conforme o tempo passava
Vivendo em um novo mundo
Sua vida só definhava.

Seus sonhos e objetivos
Foram todos enterrados
Anjos que não podem voar
Pois estão acorrentados.

Anjinhos que cresceram
Sem mesmo ter estudado
Infâncias todas perdidas

Antes de ter começado. 

PREMIO MPT NA ESCOLA - CONTO DO MUNICÍPIO DE SAUBARA-BA

A pequena íris

  Em um pequeno reino chamado Efidia vivia Íris uma criança estudiosa, bonita e bondosa, porém ela sentia muita falta do seu pai que havia morrido quando ela tinha 3 anos. Ela vivia com a mãe que amava muito, más se sentia solitária por isso se casou novamente. O padrasto de íris nunca gostou muito de conversar e muito menos brincar, sempre vivia longe.
   Até que um dia a mãe de íris faleceu e o padrasto de Íris passou a cuidar dela. E pouco a pouco foi se tronando uma escrava, primeiro cuidava de toda a casa, e conforme foi crescendo foi fazendo trabalhos cada vez piores. Passou a trabalhar numa, pequena horta de seu jardim e todo o lucro para o seu padrasto, que por sinal íris nunca recebeu nada em troca.

Com o passar dos anos foi crescendo ate ser prometida em casamento com um fazendeiro muito rico e famoso. Depois que se casaram o padrasto de íris morreu. Ela estava aliviada por se livrar de todo trabalho que exercia. Inconformada de saber que muitas outras crianças em seu reino sofriam o mesmo que ela tinha sofrido, foi se dirigir ao rei para pedir que proibisse que crianps trabalhassem, mais ele respondeu:
 Mas como posso ordenar que crianças parem de trabalhar se a economia do meu reino vai crescer cada vez mais rápido.
Íris inconformada respondeu:
 Mas vossa majestade crianças deveriam apenas brincar e estudar, e se nossa majestade implantasse uma boa educação no reino daqui a alguns anos colherá o que plantou e terá bons profissionais em seu reino, fazendo que ele se desenvolva mais rapidamente.
Então depois do discurso de Íris o rei não só proibia o trabalho infantil, mas construiu escolas para todas as crianças do reino.

Hoje em dia Efidia se tornou uma das cidades mais desenvolvida do mundo.

PREMIO MPT NA ESCOLA - CONTO DO MUNICÍPIO DE CORUMBÁ-MS

Você viu a Duda?


Duda era uma menina feliz e tinha muitos amigos. Ela morava numa casa simples junto com sua mãe e seus quatro irmãos numa pequena cidade do interior. 
Duda deveria ter ido pra escola, mas lá ela não chegou.
Dona Letícia não se cansou de procurar por ela. Andava de bairro em bairro, de casa em casa.
Desesperada ligou para os parentes e amigos, mas ninguém tinha notícia dela.
Duda tinha sido levada por um desconhecido para uma fazenda no meio do Pantanal. Lá, ela era obrigada a fazer trabalhos domésticos. Era muito trabalho para uma menina de apenas nove anos de idade.
No local para onde tinha sido levada havia outras crianças como ela. Lá não tinha escola e a comida era pouca. Não tinha jogo de futebol para os meninos e nem brincadeiras interessantes para as meninas.
Depois do jantar todos iam dormir, pois tinham que acordar antes do sol nascer. Nem sempre eles comiam.
Duda sentia muita saudade da mãe e dos seus quatro irmãos. Sentia saudade das brincadeiras que fazia com seus irmãos antes de dormir. Sentia saudade do cheiro da comida da sua mãe.
Um dia, tudo mudou.
Mais um dia de trabalho estava terminando e as crianças estavam voltando exaustas. O sol estava indo embora e o barulho dos insetos aumentava.
Elas eram vigiadas de longe para que nenhuma delas fugisse. Os homens que as vigiavam tinha uma aparência séria e nunca sorriam.
De repente ouviram o barulho de um barco que estava passando por perto. O barulho foi aumentando.
As crianças não acreditavam no que ouviam e começaram a gritar.
Os gritos foram ouvidos pelos soldados da Marinha que estavam à procura destas crianças há vários dias.
O comandante do barco seguiu os gritos e ao chegar ao barranco viu muitas crianças que pareciam malcuidadas e famintas.
As crianças foram encaminhadas para dentro do barco e alguns soldados da Marinha foram caça dos homens que aprisionavam as crianças. Eles haviam fugido para dentro da mata.
Todos eles foram presos e as crianças felizes foram entregues para suas famílias.

PREMIO MPT NA ESCOLA - CONTO DO MUNICÍPIO DE JURUTI-PA

MPT erradicando o trabalho infantil e conquistando sonhos


Em uma pequena cidade do interior, nascia Pedro Emanoel de Souza, filho de Eliete Souza e Emanoel Souza, o Pedrinho!, chamado assim carinhosamente pelos pais os quais eram humildes trabalhadores. Ao longo do tempo Pedrinho foi crescendo e com sete anos já ajudava seus pais, estudava pela manhã e à tarde fazia suas obrigações, depois ia brincar com seus colegas. Mesmo com as dificuldades financeiras Pedrinho era uma criança muito feliz e cheia de sonhos, pois seus pais o amavam muito.
Em um determinado dia os pais de Pedro receberam uma proposta de trabalho fora da cidadezinha onde moravam. Ao chegar o dia da viagem foram somente os pais de Pedro, ele ficou com sua vizinha, pois seus pais voltariam dias depois para buscá-lo. No entanto na volta aconteceu o inesperado, a maior tragédia que Pedro poderia sentir a vida toda, seus pais e o carro que os conduzia capotou na Rodovia e infelizmente os pais de Pedro faleceram. Quando a notícia chegou, Pedro ficou paralisado sem poder acreditar e quando se deu conta da situação chorou tanto que chegava a soluçar, caía aos gritos chamando por eles. Aquilo para ele era o fim, o fim de seus sonhos, da vida, de tudo.
Depois de tudo, Pedro foi morar com sua tia. No começo ia tudo bem, mas depois ele passou a sofrer nas mãos dela, pois começou a trabalhar muito. Mal chegava da aula e já tinha que limpar toda casa e o quintal. Depois saía para vender guloseimas que sua tia fazia. Se não vendesse tudo ou se ele comesse alguma coisa e não voltasse com o dinheiro certo apanhava muito e recebia castigos severos, sofria muito e chorava todas as noites sentindo a falta de seus pais.
A partir daí Pedro passou a faltar frequentemente nas aulas. Num certo dia a professora percebeu algo errado, pois ele sentava no fundo da sala e passava as aulas de cabeça baixa, havia uma enorme tristeza em seu olhar. A docente o interrogou, mas Pedro não falava absolutamente nada.
Em uma segunda-feira Pedro apanhou muito de sua tia e ficou com marcas em seu corpo e não foi para escola, mas logo no dia seguinte decidiu ir e seus colegas perceberam que ele havia apanhado e decidiram falar para a professora que ao término da aula o chamou para conversar. Ao chorar, Pedrinho contou tudo de mal que sua tia o fazia. A professora ficou muito comovida com a história de Pedro e decidiu comunicar à direção da escola, os quais juntamente com a coordenação denunciaram o caso e a tia de Pedro foi presa e com incentivo da escola o trabalho infantil foi erradicado da vida de Pedro e ele passou a participar do projeto MPT.  
Depois de tudo Pedro teve uma nova vida ao ser adotado por um casal que tinha parentesco com sua professora e desde então foi muito feliz, tendo uma vida normal e boa como toda criança merece ter: estudando, brincando e sendo muito feliz em sua nova família.


PREMIO MPT NA ESCOLA - CONTO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS-PR

Carona Para a Liberdade


            Era uma noite escura estava saindo de casa quando vi uma menina perto de um ponto de ônibus. Abaixei o vidro e falei:
            __ O que a pequenina quer?
            __ Nada moça, esperando o ônibus para a praia de Quatro Barras!
            __ Que coincidência eu estou indo para lá. Quer uma carona?
            __ Sim.
            __ Entre então. Ela entrou, sentou na pontinha do banco e ficou quieta olhando pelo vidro a paisagem fiquei curiosa e perguntei:
            __ Qual o seu nome?
            __ Maria Cecília.
            __ O que faz naquela casa?
            __ Trabalho.
            Ao ouvir isto pensei: Que vontade de denunciar, mas continuei a conversa.
            __ Para falar a verdade como você começou a trabalhar lá?
            __ Eu e minha tia estávamos na feira quando ela apareceu, estava carregando várias sacolas então minha tia perguntou se ela queria que eu carregasse as sacolas, e ela aceitou.
            Fomos até o carro, ela agradeceu a ajuda e anotou o telefone de minha tia. Depois de alguns dias a mulher ligou perguntando se minha tia deixaria que eu ajudasse na casa dela. Minha tia deixou e desde então trabalho naquele casarão.
            __ Tem mais pessoas que trabalham lá?
            __ Sim, várias crianças.
            __ Você tem quantos anos?
            __ Oito.
            __ Qual é o teu salário?
            __ Não sei, porque é a minha tia que recebe por mim.
            __ E você vai à escola?
            __ Não porque tem muito trabalho para fazer.
            __ E você não sente falta?
            __ Sim, meu sonho é ser escritora. Mas não sei ler nem escrever.
            __ E sua mãe?
            __ Não tenho mãe, moro com minha tia.
            __ Chegamos tchau!
            __ Obrigada pela carona.

            Naquela mesma noite procurei a justiça e contei a história de Maria Cecília. Não a vi novamente, mas fiquei sabendo que ela foi retirada daquela casa, e cuidaram dela. Agora depois de 20 anos, toda vez que vou a uma livraria, fico imaginando e procurando um livro de Maria Cecília. Sinto uma felicidade muito grande por ter ajudado no combate ao trabalho infantil.