O oncologista Paolo Bossi
enviou à Rede Eclesial Pan-Amazônica/REPAM-Brasil um apelo preocupado, na
esperança de evitar que o drama de mais de 10mil mortes na terra italiana se
repita, com números bem mais altos, no Brasil. O Dr. Paolo trabalha em Brescia,
que é um dos epicentros da epidemia, junto com Bergamo e Milão.
Há alguns dias, o
Prefeito de Milão deu uma entrevista para reconhecer publicamente o grave erro
da campanha “Milão não vai parar”: “Não havíamos compreendido a violência deste
vírus”, afirmou o prefeito. O médico, que participa de uma equipe multidisciplinar
testando uma cura para as etapas precoces das pneumonias por COVID-19, partilha
com a população brasileira a angústia de trabalhar num hospital que teve que se
reorganizar completamente, para acolher um número exponencial de afetados em
situações graves.
“A maior parte dos
contágios aconteceram quando ainda não havia medidas restritivas adotadas por
nosso governo e as pessoas eram muito mais livres de se deslocar. Isso com
certeza causou um grande crescimento do número de infectados, porque muitas
pessoas, mesmo não tendo sintomas, contagiaram os outros”, afirma Paolo.
Junto com o compromisso
dos médicos e cientistas, a grande e única intervenção que pode controlar a
expansão rápida do vírus é o isolamento e distanciamento social de toda a
população. “É uma batalha que, com certeza, não terminará cedo. Mas se
reduzimos o pico do contágio, evitando que as pessoas se contagiem uma com a
outra, poderemos ver a luz for do túnel”, finalizou o médico italiano.
(REPAM)
(REPAM)
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