Professor Janílson Melo
A pouco tempo atrás, não fazíamos o
uso de máscaras, pois naturalmente pensávamos que ela só continuaria a ser
utilizada como ‘disfarces’, para um baile de máscaras, por exemplo, ou em uma
festa à fantasia, onde as pessoas usam da criatividade e até se divertem com a
genialidade das formas, cores e adereços que as compõem. Mas hoje, nossa
máscara deixou de ser alegórica, e longe de estarmos em uma festa, usar
máscaras se tornou parte das nossas vidas, das nossas vestimentas. E embora
seja possível colocar nelas nossa identidade, a máscara se tornou a identidade
do mundo; do eu e do outro. Mascarar ou mascarar-se se tornou o símbolo da
vida! Vida esta a qual passamos a dar o devido valor, cada segundo, cada passo;
da nossa vida, da outra vida e para Vidas! De uma transformação tão peculiar de
nossas próprias inquietudes, ansiedades e temores, mais uma vez, a máscara
passou a esconder os nossos “Eu”. O Eu pelo Outro, porque pensar no Eu sozinho,
não atingiria o verdadeiro sentido do uso dela – Máscara. Verdadeiramente a
máscara se tornou a nossa máscara! Mas não entre em pânico..., pois temer o
temido e ser consumido pelo medo e por um mal que atinge a vida e as vidas,
seria entregar a máscara para o “dono da festa”, e a festa ainda não terminou,
tampouco teria o mesmo glamour. Temos que usá-la até o final, para que, quando
o “baile” acabar, as tiremos e voltemos a nos enxergar. Não importa a forma da
sua máscara, o importante é que você a use. Mas, dê preferência às cores da
sensibilidade, do amor, da Vida. Revista-a de detalhes positivos e bons, pois é
fundamental estar bem... Emocionalmente bem para voltarmos ao “baile”; mas
dessa vez, não a um baile à fantasia, mas de ‘cara limpa’, sem receios de
mostrar que a Vida venceu e que a máscara do medo já não faz parte das nossas
Vidas!
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