O
sonho de Janete
Dona Josefa era filha de agricultores
analfabetos que faziam do trabalho pesado sua única diversão e uma maneira de
ocupar a mente; acreditava que a escola só ensinava coisas erradas. Uma delas
era que criança não pode trabalhar.
Josefa casou-se aos 15 anos e, a exemplo
de sua mãe, teve 12 filhos: Enoque, Janete, Tião, Gertrudes, Maria, Antônio,
Rosa, Joao, Ana, José, Francisco e Rita. Todos nasceram em casa e tomaram
apenas algumas vacinas; o que fez com que um de seus filhos crescesse com uma
deficiência em uma de suas pernas e outros quatro fossem levados por Deus.
A mãe não poupava as crianças, e sempre
que alguém, ou mesmo os próprios Hinos perguntassem por que eles não brincavam
ou estudavam; ela os respondia com a sua natural ignorância que caneta de pobre
era a enxada e os brinquedos eram as mandiocas, e a cada negativa, os filhos
saiam tristes, porém conformados com seu destino.
Certo dia, os O6 (seis) irmãos mais velhos
saíram para colher milho e arrancar mandioca. Na volta, já bastante cansados,
resolveram descansar debaixo de uma árvore e acabaram adormecendo ali mesmo.
Janete, de apenas 12 (doze) anos teve um sonho. Sonhou que ao chegarem a casa
de farinha onde iam deixar a colheita, acontecia algo maravilhoso! Ao jogarem
as mandiocas no chão, elas se transformavam em brinquedos; as espigas de milho
em petecas; a casa de farinha, em uma escola, os adultos que lá se encontravam
eram os professores, os animais e carroças, como que num passe de magica
transformaram-se em carros com motoristas que faziam o transporte dos alunos
que moravam em localidades mais distantes; com tudo isso, todos eles se divertiam
de montão, inclusive aquele seu irmão, antes deficiente, agora são.
De repente, Janete acorda atordoada com um
de seus irmãos lhe chamando; ela então olha ao seu redor e percebe que tudo não
passou de um lindo sonho, então senta com todos a sua volta e conta-lhes o
sonho que acabara de ter.
Eles escutam maravilhados e exclamam: Como
seria maravilhoso se esse sonho se tornasse realidade! Conversa vai, conversa
vem, não sentiram o tempo passar...
Enquanto isso na casa da família, uma das
filhas mais novas, mexendo nas coisas da mãe, encontra um caderno, uma espécie
de agenda velha e amarelada com desenhos e rabiscos; a mãe, ao perceber que a
fia a esta com seu caderno, toma-o de Suas mãos rapidamente, folheia-o com
cuidado e começa a chorar inconsolavelmente.
Nesse
momento, Janete e os irmãos entram em casa e veem a cena; os filhos correm para
abraçar a mãe, Janete pega o caderno das mãos deia e ao folheai-o observa que o
mesmo este cheio de desenhos, tragos e sinais que retraiam um sonho; que agora
não é mais só dela e de seus irmãos, mas também, de Dona Josefa.
Aluna: Jairla Gomes da Silva – 8° ano
Diretor (a): Francisca Pereira da Costa
Coordenador (a): Nágela Maria do Nascimento Oliveira
Balica
Técnica da SME: Adriana Fontenele de Barcelos
Coordenadora Municipal do PETECA: Umbelina Maria
Batista de Araújo
E. E. F. São Judas Tadeu – Jaguarapuaba – Granja-CE
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