terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

“MADRE TERESA DO NEPAL” JÁ SALVOU 18 MIL MENINAS DO TRÁFICO HUMANO

A ativista social nepalesa Anuradha Koirala é comparada por muitos a Madre Teresa de Calcutá. Ela sempre busca ajudar o máximo de pessoas possível. Depois de 20 anos atuando como professora de crianças em Kathmandu, no Nepal, ela resolveu aceitar uma missão de vida mais perigosa e delicada: proteger meninas e mulheres de abuso, tráfico e exploração.
Anuradha se identifica com essas jovens pois foi vítima de abuso psicológico no seu antigo casamento. Desde então, passou a educar as mulheres sobre  violência de género e a importância do empoderamento das mulheres. Até aqui já ajudou muitas mulheres a deixar de mendigar e a conseguir a sua independência.
No início,  o movimento teve pouca adesão. Apenas 8 mulheres aceitaram a sua ajuda. Anuradha deu dinheiro a cada uma para começarem as próprias barraquinhas de rua e conseguirem o próprio sustento. Mas, graças a elas, que contribuíram com uma pequena parte dos seus ganhos, Anuradha conseguiu dar oportunidades econômicas e segurança a outras mulheres em dificuldades.
Em 1993 Anuradha fundou Ong Maiti Nepal, através da qual ainda ajuda muitas mulheres. O objetivo principal da entidade é resgatar e impedir que meninas e mulheres do Nepal e Índia sejam sequestradas e traficadas.
“São regiões pobres com altas taxas de analfabetismo. Se um membro da família ou amigo aparece e oferece um emprego, geralmente são os pais das meninas que as incentivam a ir, sem perceber o que está a acontecer realmente. É o lugar perfeito para os traficantes”, explicou Anuradha.
Atualmente, Anuradha tem 70 anos e continua realizando diversas campanhas de empoderamento feminino, conscienciatização e até treino físico de autodefesa.
Com a colaboração dos governos da Índia e do Nepal, Anuradha já conseguiu resgatar mais de 18 mil mulheres, ajudando-as a lidar com traumas de experiências terríveis e proporcionando-lhes cuidados médicos, até porque muitas das jovens contraíram HIV.
“Imagine o que aconteceria se a sua filha estivesse lá. O que é que você faria? Como agiria? Você tem de ver cada mulher como sua filha. Quero uma sociedade livre de tráfico de pessoas. Espero consegui-la um dia”, disse Anuradha numa apresentação.
Anuradha é um verdadeiro símbolo do feminismo, e a sua coragem e altruísmo ajudaram a inspirar e a melhorar a vida de milhares de pessoas.

Fone: http://partilhado.pt

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