quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

A exploração do trabalho infantil: corta a infância, corta ossonhos.



No interior de uma pequena e calma cidade, onde o meio para conseguir dinheiro era uma carvoaria clandestina, onde o trabalho era muito, mas o salário era muito pouco, cada um ganhava conforme a sua produção. 
Alguns trabalhadores tinham a família muito grande, precisavam de um salário melhor. Então quase todas as famílias trabalhavam na carvoaria.
O dono da carvoaria “seu Maldonato”, sabia das necessidades de seus trabalhadores, era um homem ambicioso, sem coração e oportunista, pagava muito pouco.
Os problemas não eram só as más condições, o baixo salário e as humilhações imposta pelo dono daquele lugar. O motivo preocupante era a quantidade de crianças abaixo de treze (13) anos que trabalhavam naquele lugar.
Demétrius era uma dessas crianças cheia de sonhos e uma infância interrompida, pelo fato da realidade dele, sem direito de escolha. 
A fábrica era dividida por setores, em um cortavam as árvores, outro era levado para um forno para a queima das madeiras.
Demétrius era responsável pelo corte da madeira, um duro trabalho, mas ele precisava ajudar seu pai a sustentar a família, e trazer alimento para os irmãos menores. Antes de o galo cantar ele já estava de pé com seu machado, maior que o seu corpo e suas responsabilidades como criança.
Ele sonhava em ir para a cidade estudar, para no futuro dar uma condição de vida melhor para sua família.
Ele já devia estar no 8º ano/ 7ª série, mas nem se quer sabia ler ou escrever, ele não brincava, dedicava todo o dia na carvoaria, sua infância foi totalmente interrompida.
O mesmo machado que ele cortou as árvores cortou a sua infância, seus sonhos e seus estudos. Essa é a vida de Demétrius no Vilarejo Fumaça Feliz. 

Conto do Município de Presidente Prudente-SP
5º lugar no Prêmio MPT na Escola 2016 

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