No interior de uma pequena e calma
cidade, onde o meio para conseguir dinheiro era uma carvoaria clandestina, onde
o trabalho era muito, mas o salário era muito pouco, cada um ganhava conforme a
sua produção.
Alguns trabalhadores tinham a
família muito grande, precisavam de um salário melhor. Então quase todas as
famílias trabalhavam na carvoaria.
O dono da carvoaria “seu
Maldonato”, sabia das necessidades de seus trabalhadores, era um homem
ambicioso, sem coração e oportunista, pagava muito pouco.
Os problemas não eram só as más
condições, o baixo salário e as humilhações imposta pelo dono daquele lugar. O
motivo preocupante era a quantidade de crianças abaixo de treze (13) anos que
trabalhavam naquele lugar.
Demétrius era uma dessas crianças
cheia de sonhos e uma infância interrompida, pelo fato da realidade dele, sem
direito de escolha.
A fábrica era dividida por
setores, em um cortavam as árvores, outro era levado para um forno para a
queima das madeiras.
Demétrius era responsável pelo
corte da madeira, um duro trabalho, mas ele precisava ajudar seu pai a
sustentar a família, e trazer alimento para os irmãos menores. Antes de o galo
cantar ele já estava de pé com seu machado, maior que o seu corpo e suas
responsabilidades como criança.
Ele sonhava em ir para a cidade
estudar, para no futuro dar uma condição de vida melhor para sua família.
Ele já devia estar no 8º ano/ 7ª
série, mas nem se quer sabia ler ou escrever, ele não brincava, dedicava todo o
dia na carvoaria, sua infância foi totalmente interrompida.
O mesmo machado que ele cortou as
árvores cortou a sua infância, seus sonhos e seus estudos. Essa é a vida de Demétrius
no Vilarejo Fumaça Feliz.
Conto do Município de Presidente Prudente-SP
5º lugar no Prêmio MPT na Escola 2016
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