quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PINTURAS VENCEDORAS DO PRÊMIO MPT NA ESCOLA 2016 - ETAPA NACIONAL

 1º lugar - Constituição: transformando a tristeza em sonhos
Alunos: Isabela Gonçalves da Costa, Mariana de Sousa Gonçalves e Rafael Santos Dias
Professora-orientadora: Adriana Sousa dos Santos
Escola Muncipal Luis Gonçalves de Ensino Fundamental, do Município de Beberibe-CE





 2º lugar - Diga não ao trabalho infantil
Alunos: Ana Flávia Melo Morais, Bianca Santos Borges, 
Jhuan Phablo Reis Martins dos Santos e Luiz Henrique Duarte Machado
Professora-orientadora: Laura Cristina Furtado
Escola Muncipal Ângelo Ricardo, do Município de Frutal-MG




 3º lugar - A luz da Educação
Aluno: Diogo Francisco Ferreira
Professoras-orientadoras: Rejane Clarice Cornelius e Carla Gouveia
Escola Muncipal Professora Anita Mirô Vernalha, do Município de Pontal do Paraná-PA




 4º lugar - A janela
Aluna: Mariana da Silva Cristo
Professora-orientadora: Sueli de Fátima Xavier Ribeiro
Escola Marechal Cândido Rondon, do Município de Cuiabá-MT




 5º lugar - Infância no encontro de realidades
Aluna: Pérola Rafaela Barbosa Cardoso
Professora-orientadora: Anna Paula Scherer
Escola Muncipal de Ensino Infantil e Fundamental Rosiris Maria Adreucci Stopa, 
do Município de Presidente Prudente-SP




 6º lugar - Criança precisa ser Criança
Aluno: Kaiky Yuji dos Santos Almeida
Professora-orientadora: Maria José Marcheza Forti
Escola Muncipal Professor Delimiro Salvione Bonin, do Município de Nova Andradina-MS




 7º lugar - título não informado
Aluno: Jeferson Baraúna da R. Silva
Professora-orientadora: Arliete Alves Souza
Escola Montezuma, do Município de Cachoeira-BA




 8º lugar - Trabalho infnatil
Aluno: Lucas Ribeiro Reis
Professora-orientadora: Cláudia de Almeida
Escola Muncipal Manoel Fernandes da Cunha, do Município de Vicentinópolis-GO

O resgate das crianças



Um dia, em terras distantes, de cavaleiros e castelos, pousou uma nave espacial. Nela vinham seres engraçados, coloridos, que não falavam a língua dos humanos. Eles se comunicavam entre si e possuíam poderes e objetos mágicos.
Dentro de uma bola luminosa, eles viam imagens sem nenhum tipo de dispositivo ou controle remoto. Bastava fixar o olhar. Eles ficaram analisando o comportamento das pessoas desse reino chamado “Exploração”. Através de sua bola mágica, viam crianças sofrendo, trabalhando forçadas com muita tristeza. Este reino era administrado por um homem muito perverso que só pensava em acumular riquezas, conhecido por “Pesadelo“. Queria que as crianças fossem seus servos e escravos.
Os seres espaciais ficaram decepcionados com a maneira que o reino tratava suas crianças e decidiram mudar aquela situação. Resolveram resgatá-las e conduzi-las em sua nave para outro planeta. Utilizando muita magia, objetos sobrenaturais como um livro que ao abrir emitia uma luz fortíssima transportando todas as crianças até a nave, os pequenos heróis abduziram as pobres crianças que já não tinham esperanças nem alegria. Elas ficaram admiradas com o poder daquele livro e perguntaram o que era aquilo. Os seres e as crianças falavam uma linguagem comum. Eles conseguiam se comunicar facilmente. Diferente dos adultos que não estabeleciam contato. Diante disso ficaram sabendo que o livro mágico era conhecido por ECA e que se tratava de um objeto essencial para se ter harmonia entre um povo.
Depois de algum tempo viajando na nave espacial, procurando um planeta que pudessem habitar e viver com respeito, proteção, amor e cuidados, foram atraídos pelas cores de um arco-íris. Ao se aproximar do espetáculo colorido e contagiante, viram um planeta bonito, aconchegante, cheio de pássaros, belas árvores, cachoeiras e muitas pessoas felizes brincando, sorrindo e cantando. Logo se identificaram com outras crianças que estavam juntas de seus pais se divertindo com muita satisfação. Foi ali que decidiram ficar.
Ao pousar na superfície desse planeta, imediatamente souberam, através da bola mágica, que estavam no Planeta PETECA. E neste lugar as crianças eram respeitadas, cuidadas como uma semente que precisa de cuidados e atenção.   As autoridades do Planeta sabiam que o futuro daquela sociedade dependia das crianças.                  
Enfim, tudo estava resolvido. As crianças puderam viver em um lugar seguro, saudável, adequado para um bom desenvolvimento. Estavam tranquilos vendo sua futura sociedade se construindo aos poucos. Com certeza, o Planeta PETECA sabe da importância que as crianças têm, e, por isso, merecem todo respeito e carinho.    

Conto do Município de Viçosa do Ceará-CE
1º lugar no Prêmio MPT na Escola 2016 

Tragédia



Acordamos às 4:00h, já não era necessário um despertador, parecia que lá dentro de nossa cabeça havia um relógio que às quatro horas em ponto, começava a gritar: “Vamos...acorde para trabalhar”. Levantei, chamei meu irmão Augusto. Era necessário chamá-lo, pois o coitado só tinha 8 anos e precisava trabalhar. Meu nome é Bianca, tenho 10 anos.  Nós trabalhamos, pois, meus pais não conseguem sustentar a casa sozinhos. Peguei minhas roupas e a de Augustinho dentro de uma caixa que ficava no chão, não tínhamos guarda-roupa, isso é coisa “chique”.
Saímos correndo, já imaginando a cara fechada do turmeiro, nos esperando com uma bronca daquelas. Ao entrar no ônibus ficávamos a pensar nos nossos sonhos de ir para escola, poder brincar, ter amigos... meus pensamentos foram interrompidos pelos gritos do motorista dizendo: “chegamos pessoal”!
Descemos do ônibus, meus pais foram para o lado mais denso do canavial, eu e meu irmão continuamos onde havíamos parado. Não sei explicar, mas, estava com um pressentimento de que algo ruim, iria acontecer. De repente meus pensamentos foram interrompidos pelos gritos do Augustinho, que por uma fatalidade, ao cortar uma cana acertou o pulso com o facão. Comecei a gritar por socorro, o turmeiro demorou a chegar, meu irmão sangrava muito. Quando ele chegou entramos no carro e passamos onde meus pais estavam para irmos ao hospital. Porém, como ele já havia perdido muito sangue, não resistiu e morreu no meio do caminho. Minha mãe chorava e gritava, meu pai tentava consolá-la mas víamos que ele estava desesperado.
O enterro foi na manhã seguinte. Naquela noite, fiquei imaginando quantas crianças já deviam ter morrido no corte de cana...  Pensava também, nos momentos felizes com meu irmão... Com lágrimas nos olhos adormeci, triste por não poder fazer nada para mudar aquela situação.
Acordei com o barulho de uma conversa na sala. Era o Conselho Tutelar que havia sido informado do acontecido. Eles convenceram meus pais a me matricular em uma escola. Meus pais conseguiram outro trabalho e minha mãe passou a receber o bolsa família. Ainda estamos pobres mas lutamos por uma vida mais digna. Estou me dedicando aos estudos para quem sabe, no futuro, conseguir ter uma vida melhor.
Sabe o motivo de eu estar contando minha história a vocês? Peço sua ajuda. O mundo pode melhorar sabia? O trabalho infantil afeta o desenvolvimento físico, emocional e social da criança. Denuncie ao Conselho Tutelar ou a autoridades responsáveis.

Conto do Município de Ipameri-GO
2º lugar no Prêmio MPT na Escola 2016

Trabalho infantil? Não!



Maria era uma bela garota. Ela tinha dez anos. Sua mãe e seu pai eram muito gentis, porém as condições financeiras do casal eram ruins. Por isto Maria andava muito triste. Percebia que os pais deixavam de fazer muitas coisas para dar a filha condições de ir à escola.
Então Maria pensou... pensou e teve uma ideia: trabalhar. Iria arranjar um emprego para ajudar seus pais nas despesas da casa. 
Começou a trabalhar de doméstica na casa de “Madame Dialinda”, a mulher mais rica e respeitada de seu bairro. Trabalhava apenas no horário de ir para escola para que seus pais não desconfiassem.
Todos os dias desviava do caminho da escola e passava as tardes limpando o jardim, a casa e passando roupas dos filhos da patroa.
Após alguns dias de ausência da escola, a diretora percebeu sua falta e procurou saber o motivo da ausência da bela e inteligente garota do quarto ano, fazendo uma visita para família.
Quando seus pais foram informados das faltas da filha, ficaram muito tristes e preocupados com a filha que se ausentava todas tardes. Ansiosos pela chegada da filha, imediatamente ao vê-la perguntaram onde ela passava as tardes.
Então Maria contou toda verdade. Seus pais se emocionaram e explicaram para filha que suas chances de ter um futuro melhor era estudando, melhorando seu conhecimento para ter uma boa profissão. Se continuasse a trabalhar e deixasse a escola perderia a melhor oportunidade de ter os seus sonhos realizados no futuro.
Maria compreendeu que para ajudar os pais teria que estudar, reconheceu que se continuasse faltando da escola ela teria um dinheirinho a mais, porém no futuro não teria chance de ser uma profissional de sucesso.
Maria então voltou a estudar, e quando completou dezoito anos, ela passou num concurso público. Em pouco tempo comprou uma casa para seus pais perto da casa da “Madame Dialinda”.
Hoje, Maria é casada, tem dois filhos e sempre ensina seus filhos: Trabalho Infantil? Não! Há tempo para tudo. Trabalhar não é para criança. Criança precisa brincar, estudar e conviver com a família.

Conto do Município deMutum-MG
3º lugar no Prêmio MPT na Escola