Fernanda Alícia Ferreira Lopes*
Além das nuvens, no reino Flocos de
Neve, vivia uma princesinha que, de tão meiga e doce, se chamava Jujuba. Certa
vez, brincando de pular corda sobre as nuvens, ela percebeu que havia várias
crianças vendendo balinhas no sinal, que controlava o trânsito de pipas que
cortava o céu, e não tinham o tempo de brincar. A garotinha não parava de
pensar naquela cena. Quando chegou na escola de magia, perguntou para a sua
fada madrinha:
- Por que, em um reino tão bonito
como o nosso, as crianças ainda precisam trabalhar?
A fada falou:
- Jujubinha, as pessoas de baixa
renda acham que cada um tem que fazer sua parte na família para garantir a sua
sobrevivência. Mas não entendem que uma infância feliz torna o homem melhor.
A boa princesinha saiu da escola
dizendo que ia transformar a vida das crianças e que faria de tudo para acabar
com o trabalho infantil naquele reino. Ao chegar no castelo de algodão
doce, preparou uma bela cesta de guloseimas e começou sua aventura. Escorregou
pelo arco-íris, escalou as montanhas de nuvens e entre relâmpagos e trovões
batia de porta em porta conscientizando as pessoas sobre os direitos e deveres
das crianças.
Diante de sua iniciativa, não é que a
menina ganhou reforço! Todos no reino resolveram ajudar na campanha “Criança é
pra ser criança”: gente, fadas, magos, bichos e outros seres que ali habitavam.
O rei, vendo a revolução que sua
filhinha causou, resolveu deixá-la mais feliz e baixou um decreto: “Por ordem
do rei, aqui nesse lugar branco como neve, macio como algodão, sobre o céu azul
cor de anil, está terminantemente proibido o trabalho infantil”.
A partir daquele dia, as crianças
passaram a ser tratadas com muito amor, tinham tempo para estudar, brincar e
fazer coisas de crianças. Era tanta felicidade que o reino Flocos de Neve ficou
conhecido como terra de alegria onde toda criança podia ser feliz.
*Fernanda Alícia é aluna do 5º-B da Escola de Educação Básica Professora Joana Paula de Morais, do Município de Morada Nova-CE. Este conto obteve o 1ª lugar no Prêmio Peteca 2021 (Grupo 1) e é dos dos três da finalistas da etapa nacional, na respectiva categoria. A classificação (1º, 2º ou 3º lugar) será anunciada no dia 7.12.2021. O trabalho recebeu a orientação do Professor Francisco de Assis Alves Ferreira Castro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário