DIA INTERNACIONAL DA MULHER. TEMOS O QUE COMEMORAR?

Algumas pessoas dizem que não há o que comemorar no dia 8 de março porque ainda existem muita violências contra as mulheres e porque a desigualdade de gênero no trabalho, na política, na economia, na ciência e no lar ainda são muito acentuadas. De fato, ainda temos muitos desafios para conquistarmos a tão sonhada igualdade de gênero.

Mas podemos ver meio copo d´água de duas formas: pela quantidade de água que falta ou pela água que já consta do copo. 

Ao longo da história, a luta das mulheres transformou a sociedade. Conceitos e direitos que nos parecem óbvios hoje não existiram na maior parte da história da humanidade.

No Brasil, por exemplo, a mulher somente conquistou o direito de ir à escola em 1927;  o direito de votar somente foi garantido em 1932; praticar os atos da vida civil sem depender de autorização do marido e exercer o poder familiar, enquanto mãe, em igualde de condições com o pai, são conquistas ainda mais recentes.

Portanto, dizer que não há motivos para comemorar é desconhecer a história de lutas e conquistas das mulheres.

Por outro lado, o 8 de março não é apenas uma data comemorativa. É principalmente uma data de avaliação, reflexão e construção de estratégicas para fortalecer a luta pela prevenção e enfrentamento das violações dos direitos das mulheres.

Assim, cabe a cada um de um nós, homens e mulheres, apoiar a luta das mulheres por seus direitos e reconhecer suas conquistas, além de cobrar políticas públicas que promovam a igualdade de gênero, sem esquecer do dever nosso de cada dia, qual seja, cuidar para que  nossa forma de falar e nosso modo sejam compatíveis com a referida igualdade.