A Polícia Civil do Rio fez uma operação, nesta terça-feira (8), para libertar 13 menores que eram mantidos em cárcere privado em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Segundo as investigações, Jorge Valnei dos Santos era o homem responsável pelos jovens, que vieram de diferentes estados (como Alagoas, Paraná, Amazonas e Paraíba) com a promessa de que seriam treinados para jogar em clubes de futebol.
O delegado titular da 61ª DP (Xerém), Roberto Gomes, contou que os policiais perceberam que algo estava errado quando viram a porta trancada. O local, segundo ele, não possui nenhuma estrutura profissional e não tem autorização de nenhum órgão público para funcionar.
Os pais dos menores pagavam uma mensalidade de R$ 500 a Santos achando que os filhos teriam uma preparação para jogar futebol no Rio de Janeiro.
“Se acontecesse alguma coisa aqui dentro, eles não teriam para onde correr. Então, eles eram mantidos aqui, sim, em cárcere", afirmou o delegado Roberto Nunes.
Santos foi preso em flagrante, e entre os crimes investigados, segundo o delegado, estão a supressão de documentos, cárcere privado e estelionato.
Os jovens ficavam presos em um sítio e eram proibidos de ter contato com qualquer pessoa de fora. O espaço também era pouco iluminado e pouco ventilado.
“Eles não têm autorização de órgão público nenhum. Não tem médico, não tem fisioterapeuta, não tem nada que justifique a mantença dos menores nas circunstâncias que eles se encontram aqui”, disse o delegado.
O Fluminense, que tem um centro de treinamento em Xerém, afirmou que vai abrigar os 13 jovens e, depois de uma testagem para Covid-19, vai colocá-los para treinar e fazer testes no clube.
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