O Dia Nacional do Livro Infantil foi criado pela Lei no 10.402, de 8 de janeiro de 2002. A data foi escolhida para homenagear o escritor Monteiro Lobato, considerado o pioneiro, o pai da literatura infantil brasileira. “Art. 1o Fica instituído o Dia Nacional do Livro Infantil, a ser comemorado, anualmente, no dia 18 de abril, data natalícia do escritor Monteiro Lobato”. Além dos livros de Monteiro Lobato, o público infantojuvenil conta com outras grandes obras nacionais e internacionais para o seu entretenimento e, acima de tudo, para pensar sobre a realidade.
São muitas as grandes obras da
literatura infantojuvenil produzidas no mundo inteiro, no passado e na
contemporaneidade. Selecionamos aqui cinco delas para que você possa ter uma
ideia da importância desse tipo de literatura.
1. O meu pé
de laranja lima, de José Mauro de Vasconcelos
O meu pé de laranja
lima, do escritor brasileiro José Mauro de Vasconcelos
(1920-1984), é um clássico da literatura infantojuvenil nacional e
um campeão de vendas. Publicado pela primeira vez em 1968, conta a história do
menino Zezé e seu amigo vegetal Minguinho, o pé de laranja lima, com quem
desabafa, pois seu mundo não se restringe à fantasia infantil. Zezé vive uma
dura realidade: a violência doméstica. Realidade amenizada pela
sensibilidade e carisma do protagonista e por sua amizade com Manuel Valadares,
o Portuga.
2. Alice no
País das Maravilhas, de Lewis Carroll
A obra Alice no País das
Maravilhas, do escritor britânico Lewis Carroll (1832-1898), é um clássico
da literatura infantojuvenil. Alice, para fugir de uma realidade monótona,
segue o coelho apressado e entra em um mundo fantástico, ou maravilhoso, do
sonho. Escrito no século XIX, o livro continua atual, pois apresenta caráter
universal: a oposição entre a fantasia e a realidade e,
consequentemente, entre a infância e a vida adulta.
Esse livro inspira a pensar que, ao
mesmo tempo em que a fantasia é fuga devido à incapacidade de suportar o real,
é também inspiração para transformar a realidade em algo
maravilhoso. Além disso, a obra convida o leitor e a leitora a buscarem o
fantástico, o maravilhoso, na própria realidade tediosa, convite aceito por
Alice e tantas outras crianças e jovens.
3. As
aventuras de Pinóquio, Carlo Collodi
O livro As aventuras de
Pinóquio, do escritor italiano Carlo Collodi (1826-1890), também foi
escrito no século XIX, é um clássico da literatura infantojuvenil e sobrevive
devido à universalidade de sua temática. A obra conta a história de
Gepeto, que, ao deparar-se com um pedaço de pau falante, decide fazer dele
um boneco de madeira. A partir de então, o boneco Pinóquio
necessita aprender a ser um menino, a ser humano, a ser gente. Para isso, precisa
saber lidar com as adversidades e perigos da vida, fazer escolhas e pagar por
elas.
4. O mágico
de Oz, de L. Frank Baum
A obra O mágico de Oz, do
escritor americano L. Frank Baum (1856-1919), conta a história de
Dorothy (dona do cachorro Totó) e seus três amigos: o leão, o
homem de lata e o espantalho. Menina e amigos têm cada um seu sonho, que se
torna o motivo de suas vidas, simbolizadas pela estrada de tijolos amarelos,
que os personagens devem seguir para encontrar o mágico de Oz, na
Cidade das Esmeraldas, o único capaz de realizar tais desejos.
A história apresenta certa semelhança
com Alice no País das Maravilhas. Em ambas, há uma passagem
do mundo real para o mundo da fantasia. No caso de Dorothy, não é a
curiosidade que leva ao maravilhoso, como ocorreu com Alice ao seguir o coelho,
mas um ciclone que transporta a personagem Dorothy e seu cão para o mundo de
Oz. Se Alice perambula, sem objetivos, por um mundo caótico que metaforiza o
seu processo de crescimento, Dorothy tem um objetivo claro: encontrar o
caminho de casa.
5. Viagem ao
centro da Terra, de Júlio Verne
No livro de ficção científica do
francês Júlio Verne (1828-1905), Viagem ao centro da Terra, o jovem
Axel e seu tio, o professor, geólogo e mineralogista Otto Lidenbrock,
fazem uma expedição ao interior da Terra, um lugar fantástico, em
que há luz, ilhas, oceano, dinossauros e novas espécies de animais, além de
outras maravilhas. Um livro cheio de aventuras, que aguça a mente do leitor, de
forma a fazer com que ele pense na possibilidade de mistérios da natureza ainda
não desvendados pela ciência. Na obra de Verne, a ciência é atrelada à
imaginação, e por isso ela é fascinante.Fonte: Brasil Escola
Nenhum comentário:
Postar um comentário