POESIA DA BAHIA
O Trabalho Infantil
O Trabalho Infantil
Toda criança do mundo
Deve ser bem protegida
Contra os rigores do tempo
Contra os rigores da vida.
Criança tem que ter nome,
Criança tem que ter lar,
Ter saúde e não ter fome,
Ter segurança e estudar.
Não é questão de querer,
Nem questão de concordar,
Os direitos das crianças
Todas tem de respeitar.
Poesia de Matheus Freire Lima, 5º ano, da Escola Municipal Professora Ridalva Corrêa de Melo Figueiredo, do Município de Vitória da Conquista-BA.
CONTO DO CEARÁ
A História de uma Triste História
Ingrid Magalhães Arruda,
Maria Madalena Cardoso da Frota
Nicole Dourado de Morais
E lá estava eu, com o meu querido avô dando um passeio no fim da tarde, quando me deparei com uma cena que me chocou. Uma criança trabalhando de sol a sol. Muitas pessoas poderiam me perguntar: porque este susto tão grande? Sim, eu sei que o trabalho infantil é uma realidade, porém nunca havia parado para pensar no quanto isso estava tão próximo de mim, e que ao encarar essa situação teria uma reação tão incomum. Vendo aquela reação tão inesperada diante de tal fato, meu avô recordou-se de uma história e começou a contar.
Falava de um jovem casal que entre juras de amor se separou porque ela estava grávida. O rapaz, assustado a deixou. Estava eu, então me perguntando o porquê da contação daquela história, e o que ela tinha em comum com a cena que havíamos presenciado. Afinal, em momento algum ele citou algo relacionado à exploração do trabalho infantil! E continuou: – “os meses se passaram e veio ao mundo o fruto daquele amor. Sem meios para conseguir sustento e vivendo em condições precárias a mãe viu-se obrigada a procurar trabalho. O menino cresceu e a renda ainda não era suficiente para mantê-los, levando-o a trabalhar”.
Foi aí que entendi o entrelaçar dos fatos. Ele prosseguiu falando que o emprego arranjado pelo menino foi oferecido por um homem de boa condição, e que usava crianças para realizar trabalhos pesados em suas plantações. O garoto via ali a oportunidade de ajudar sua mãe nas despesas. Destino ou não, aquele homem era seu pai.
Fiquei perplexa com o que acabara de ouvir. - Mas, como você sabe disso? E naquele momento, lágrimas teimavam em cair de seus olhos. Entre soluços continuou: - Querida, eu vivi essa história. A criança abandonada pelo pai sou eu... Ver aquela cena partiu-me o coração, pois desde o começo já estava angustiada diante do fato presenciado, e não consegui esboçar nenhuma reação, a não ser enxugar suas lágrimas que já se confundiam com as minhas.
Voltamos para casa. Deitei-me e ainda assustada pus-me a pensar... Sempre soube da existência desse problema social, mas, saber que isso já aconteceu com alguém tão próximo a mim, me fez refletir bastante sobre o assunto. Quantas vezes meu avô comparou-se com as outras crianças? Quantas vezes sentiu falta da presença afetiva da família, de um carinho? Da infância que lhe foi tirada? Agora posso perceber como a exploração infantil pelo trabalho pode afetar e deixar marcas não só na vida de uma criança, mas também na de um adulto, pois uma infância roubada, apesar de não vivida, fica sempre na memória.
Depois de tudo vejo que posso sim, colaborar para que outras crianças não tenham que passar por situação semelhante à de meu avô. Colocar-me no lugar das pessoas que encaram essa realidade e ter em mente que a denúncia é o pontapé inicial para resgatar uma infância perdida, assim, essa realidade pode ser modificada e só depende de nós!
Conto das alunas Ingrid Magalhães Arruda, Maria Madalena Cardoso da Frota e Nicole Dourado de Morais, da Escola de Ensino Fundamental Monsenhor José Carneiro da Cunha, do Município de Viçosa do Ceará-CE.
Conto das alunas Ingrid Magalhães Arruda, Maria Madalena Cardoso da Frota e Nicole Dourado de Morais, da Escola de Ensino Fundamental Monsenhor José Carneiro da Cunha, do Município de Viçosa do Ceará-CE.
CONTO DE GOIÁS
Sonho de Criança
Toda criança quer
Brincar e estudar
Ter um futuro melhor
E um horizonte alcançar
Criança não quer ser explorada
Criança necessita ser ajudada
O trabalho infantil
Não é inteligente
Vamos se ligar
Minha gente
Regras e leis possui nossa nação
Com o importante objetivo
De amparar e proteger
Os pequenos cidadãos
Criança não pode ser explorada
Criança precisa ser valorizada
O trabalho infantil
Não é legal
É preciso que todos
Caiam na “real”
Para o trabalho infantil acabar
Denuncie essa exploração
Para não colocar em risco
O futuro da nação
Criança não deve ser explorada
Criança tem que ser respeitada.
Poesia de Larissa Pereira Alves, aluna do 3° ano "A" da Escola Municipal Maria Ignez, do Município de Quirinópolis-GO.
POESIA DO MARANHÃO
Cordel do Trabalho Infantil
Cordel do Trabalho Infantil
Senhoras e senhores
Agora eu peço licença
Escute o que vou dizer
Não importa a crença
Cor e nem deficiência
Todos temos direitos
Antes mesmo de nascer
Logo que a gente nasce
Os pais enfrentam um combate
Pra ajudar a criança a crescer
Dão comida e o leite
Se preciso for
Ficam com fome e sede
Mas fazem de um tudo
Pro menino não sofrer
Acredito que é verdade
Com certeza eu admito
Mas por aí tem criança
Perdendo a bendita infância
Fora da escola e de casa
Crescendo triste e oprimido
Esse pobre juvenil
Apesar da lei ao seu lado
Já sabe o que é cansaço
Como nunca antes viu
Acompanhado ou sozinho
Trabalha o dia inteirinho
Pra botar comida em casa
Essa é a triste realidade
De algumas crianças do Brasil
Exploração do trabalho infantil
Essa barbaridade tem nome
Fora ou dentro de casa
A criança sofre dessa ameaça
Praticada pelo homem
Sim, dentro de casa
Em casa acontece também
A criança lava prato
Varre o chão e passa pano
Só faz isso todo o ano
Mas o tempo de ir à escola
O coitado não tem
Criança pode ajudar em casa
Nisso ninguém se mete
Mas ajuda é uma coisa
Exploração não compete
É bom não confundir
Ajudar reúne a família
Exploração causa intriga
Atrapalha a criança na vida
E obriga a lei a se cumprir.
Poesia dos alunos Kaique, Higor e Geiciane, do 5º ano "B" da Escola de Educação Básica Gomes de Sousa, de São Luis-MA.
POESIA DO MATO GROSSO
Combate à Exploração do Trabalho Infantil
Vou te falar de um assunto
Que quebra o coração a mil
É sobre o trabalho infantil
Criança que trabalha
Para ganhar um dinheirinho
É a vida desses brasileirinhos
Sempre dando um jeitinho
Existe no nosso Brasil
A lei que protege o infantil
Está na Constituição
E no ECA também mostra
Está escrito nos artigos
Que o direito da criança
Deve-se respeitar
O trabalho infantil é
Foco da nossa discussão
Que além de desconfortável
Fere a Constituição
Pondo em risco o andamento
O futuro da nação
Vamos todos tentar?
A exploração infantil acabar?
Se você presenciar
Vai correndo denunciar
Cada criança tem um sonho
De viver em harmonia
Ter amigos para brincar
Uma escola para estudar
Pense no futuro
Que ela tem pra conquistar
Cuide com alegria
Vamos ajudar?
Para que toda criança
Um dia possa alcançar
O mundo conquistar
Como um cidadão exemplar
Poesia de Mariany e Samira (colaboradora), do 6º ano D, da Escola Municipal de Educação Básica Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, de Cuiabá-CE.
POESIA DE MINAS GERAIS
Rumo à Colheita
O dia nem bem nasceu
José já amanheceu
Pé no chão “caminho da roça”
Olha a escola! É mentira!
O dia nem entardeceu
José já anoiteceu
Esgotado da lida
Cansado da vida.
O dia ainda nem raiou
O pequeno José já acordou
De novo de pé no chão
Estudar que é bão... nada.
O dia de José
É como outro qualquer
Mas não tem livro, nem professor
Sua lição é o labor.
Um dia José aprende
A vida é dura e ensina
Sem escola não dá
Tem que crescer pra trabalhar.
“E agora, José?
A vida passou e você cresceu
É homem feito e nada aprendeu
E agora, José?”
Poesia de Mateus Augusto, 9º ano, da Escola Municipal Álvaro de Sá Barbosa, do Município de Espera Feliz-MG.
POESIA DO PARANÁ
Poema Trabalho Infantil
Vamos melhorar o Brasil!
Acabando com o Trabalho Infantil.
Tudo o que eu tenho
É muita esperança.
E todos unidos,
Acabar com o trabalho da Criança.
As criancinhas do nosso país,
São exploradas rapidamente.
Vamos acabar com isso!
Cuidando de seu corpo e de sua mente.
Elas são protegidas pelo ECA,
Estatuto da Criança e do Adolescente.
Mas, se continuar assim
Serão afetadas no futuro, por causa do presente.
O direito da criança,
É. estar na escola.
Brincando no carapinho
Com os amigos jogando bola.
O incentivo do ECA,
É proteger as. crianças.
Mas, em quem confiar?
Se o que me resta é a esperança!
Todas as pessoas
Não cumprem com as leis,
E as crianças trabalhando
São tantas que eu nem sei.
Ah! Trabalho Infantil!
Por que tinhas que existir?
Em vez de aumentar,
Por que não diminuir?
As crianças são exploradas,
ao máximo pelos pais,
Melhor seria
Se estudassem muito mais!
Trabalho de criança,
Não é vender bala na rua,
É guardar seus brinquedos,
E qualquer coisa que é sua.
Diga não, ao Trabalho Infantil!
Diga sim, ao futuro do Brasil!
Conto de Luany Gabrieli Alves lankoski, 5º ano “B”, da Escola Municipal Luiz Antonio Amatuzzi de Pinho, do Município de Pontal do Paraná-PR.
POESIA RIO DE JANEIRO
Trabalho Infantil no Brasil
Criança tem que ir pra escola
Ser feliz e jogar bola.
E não ficar na rua
Dependendo de esmola.
Criança tem que brincar,
Se divertir e estudar.
Porque se trabalhar,
Um bom futuro não terá.
Se você ver uma criança a trabalhar
Não a deixe lá ficar.
Criança precisa de carinho e respeito
Pois nas ruas ninguém lhe dará direitos.
Aos amigos e adultos
Deixo aqui o meu recado:
Criança não tem que trabalhar
E sim desde pequena estudar.
Trabalhar só quando crescer.
Não faça uma criança sofrer!
Nos olhos de uma criança
Vejo fé e esperança
Não quero mais ver dor
Quero ver somente amor.
Diga não ao trabalho infantil.
Nenhuma criança merece
Levar um NÃO do nosso Brasil.
Poesia de Thaynar Oliveira de Paula, alua do 5º ano “B”, da Escola Municipal Sítio São Benedito, do Município de Itaperuna-RJ.
Trabalho Infantil no Brasil
Criança tem que ir pra escola
Ser feliz e jogar bola.
E não ficar na rua
Dependendo de esmola.
Criança tem que brincar,
Se divertir e estudar.
Porque se trabalhar,
Um bom futuro não terá.
Se você ver uma criança a trabalhar
Não a deixe lá ficar.
Criança precisa de carinho e respeito
Pois nas ruas ninguém lhe dará direitos.
Aos amigos e adultos
Deixo aqui o meu recado:
Criança não tem que trabalhar
E sim desde pequena estudar.
Trabalhar só quando crescer.
Não faça uma criança sofrer!
Nos olhos de uma criança
Vejo fé e esperança
Não quero mais ver dor
Quero ver somente amor.
Diga não ao trabalho infantil.
Nenhuma criança merece
Levar um NÃO do nosso Brasil.
Poesia de Thaynar Oliveira de Paula, alua do 5º ano “B”, da Escola Municipal Sítio São Benedito, do Município de Itaperuna-RJ.
CONTO DE SÃO PAULO
(PRT 15ª REGIÃO)
Escrever uma nova história*
Natália Cristina Piamonte José
Morar com a tia Lorita não era fácil. Depois da morte dos meus pais, não tive alternativa. A vida me jogara mundo a fora e somente ela poderia cuida de mim; assim era o que dizia o jiz, determinando a minha saída do abrigo.
Da janela do último andar, vi um grande carro chegando, e de óculos escuros, lá estava minha tia. A assistente social bateu na porta do quarto, me chamando para pegar minhas coisas.
Depois de uma longa viagem ao interior de São Paulo, chegamos a Santo Antonio da Alegria, um lugar pequeno, porém muito acolhedor. A casa da minha tinha era uma das mais bonitas daquele lugar, tinha uma piscina, em frente havia uma praça e com um campo de futebol ali perto. Então pensei que seria a criança mais feliz do mundo, afinal tudo o que eu queria estava a poucos metros de mim. Ah, e a escola era bem diferente da minha, tinha até uma horta e um cachorro que as crianças adoravam cuidar.
Os dias foram passando e minha tia não me deixava sair do quarto, nem para brincar e acredite, nunca fui à escola. Apenas via as crianças indo e vindo de lá. Os meninos felizes no campinho do futebol.
A única coisa que ouvia todos os dias era: “Vai limpar a casa!” “Olha esses móveis, estão sujos!” “Não lavou a louça ainda?” “Sai dessa janela!”. E quando eu não fazia direito, sempre ficava de castigo no porão, no qual eu era proibido de mexer no baú. Minha tia sempre dizia para ficar longe dele, mas certo dia, com minha curiosidade, resolvi abrir e ver o que havia dentro.
Acabei por encontrar o diário dela dentro daquele baú. Comecei a ler e todos os relatos da minha tia eram referentes ao trabalho dela quando criança. Minha avó a explorava. Agora entendo o motivo de me tratar assim.
Decidi falar com tia Lolita e explicar que ela pode construir uma nova história e me deixar ser criança, pois tenho meus direitos.
A nossa conversa foi produtiva, apesar de muitas lágrimas. Tia Lolita me pediu desculpas e prometeu que a partir daquele momento tudo seria diferente.
Hoje vou à escola todos os dias e não faço mais todos os serviços domésticos. Minha tia me ajuda em tudo que preciso. Posso dizer que sou uma criança feliz.
Conto de Natália Cristina Piamonte, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Joaquim da Cunha, do Município de Altinópolis-SP.
Conto de Natália Cristina Piamonte, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Coronel Joaquim da Cunha, do Município de Altinópolis-SP.
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